“O inconsciente está estruturado como uma linguagem e soa como uma frase dita em língua estrangeira.” (Luiz Alfredo Garcia- Roza, Livro Freud e o inconsciente).
Quando falamos de inconsciente a primeira coisa que essa palavra nos remete é a Freud e a Psicanalise. Para Freud o inconsciente não era um adjetivo puro para designar algo que não era consciente, como a mesma era/é usada no senso comum. O inconsciente é algo misterioso, uma espécie de caos, algo desconhecido pela consciência. Dizemos que é constituído por conteúdo recalcado. O recalque censura as pulsões (tensões ou energia) para que essa energia não chegue à consciência, pois a liberação dessa pulsão total acarretaria um prazer absoluto, porém nunca alcançado. O inconsciente, portanto tenta escoar toda essa pulsão o mais depressa até atingir o prazer absoluto, que para Fred todo esse sistema de tentar liberar essa tensão é denominado de “representações inconscientes”, que são partes de imagens (visuais, tácteis, auditivas) impressas no inconsciente que são expressas por sonhos e fantasias. Essas representações estão além do limite da razão e são partes de acontecimentos reais, mas que de alguma forma foram recalcados para se evitar um prazer-desprazer. Só conhecemos o que há no inconsciente quando seu conteúdo é traduzido para o consciente, porém nem sempre totalmente compreendido, como no caso do ato falho e dos sonhos. As pulsões nunca chegarão à consciência, pois elas são desejos corporais então o que chega a consciência são apenas as representações dessas pulsões. O que no caso impede essa chegada da pulsão em si a consciência seria uma espécie de falha na tradução (recalque) dessa tensão, que se fosse traduzida completamente causaria um desprazer ao sujeito.
Rayane S. Marques
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